quinta-feira, 30 de abril de 2009

Aprenda a fazer duas maquiagens com inspiração na Índia

O maquiador Tiago Birolini, do Wilson Eliodório Studio, de São Paulo, ensina o passo a passo de dois looks com traços indianos, um para usar durante o dia e outro para arrasar em festas e baladas à noite.


maquiagem índia

A boa maquiagem sempre começa com a uniformização da pele, etapa essencial para um visual duradouro, de ótimo acabamento. “Tanto para o make do dia quanto para o da noite, usar a base líquida ajuda a esconder as olheiras e outros defeitos da pele”, garante o expert Tiago Birolini. O correto é aplicar dois tons do produto: um exatamente igual ao da sua pele e outro um pouquinho mais escuro.
Com um pincel largo, o maquiador passa a base mais escura nas regiões profundas, como têmporas, embaixo do queixo e laterais da testa. ”Vale também espalhar pelas laterais do nariz, caso queira que ele pareça mais fino”, ensina.


APRENDA A FAZER DUAS MAQUIAGENS INDIANAS
Prepare a pele

Base mais escura
Base mais clara
Blush bronzeador
Make para o dia

Destaque os olhos

Rímel
Sombra mais escura
Sombra mais clara
Lápis de olho
Arremate com o batom
Visual pronto
Make para a noite

Sombras sensuais

Sombra mais escura
Sombra mais clara
Sombra dourada
Sombra perolada
Olhos ainda mais marcartes

Lápis de olho
Lápis para a sobrancelha
Esfumaçado
Rímel
Finalize o make

Blush rosado
Batom rosa
Visual pronto com bindi

quarta-feira, 29 de abril de 2009

As dietas dos best-sellers funcionam?


Durante três meses, quatro mulheres seguiram as orientações de diferentes livros de dieta – alguns dos mais vendidos nos últimos tempos - e fizeram um tratamento de SPA. Confira o resultado
- 9 kg
Valéria


Hora da fome
A DIETA DAS 3 HORAS (EDITORA BEST SELLER) O autor e ex-gordinho americano Jorge Cruise aponta três razões para comer a cada três horas: manter o metabolismo acelerado, evitar a compulsão e reduzir a ação do hormônio cortisol, que aumenta o desejo por doces.
"A vida toda fiz dieta. Se, por um lado, entrei no efeito sanfona, por outro, decorei as calorias dos alimentos – o que a DIETA DAS 3 HORAS não traz. Também não há cardápios fixos, apenas sugestões de receitas. Como a maioria delas leva muito ovo, fiz uma ou outra. Para atingir as 1,2 mil calorias diárias recomendadas, consultei sites e rótulos dos produtos. Programei o relógio para despertar a cada três horas. Como estudo à noite e só consigo jantar às 19 horas, organizei as outras refeições a partir dessa. Para não furar o esquema, passei a carregar na bolsa e no carro frutas e barrinhas de cereais, além de garrafinhas de água. No início da dieta, não segui a recomendação de tomar duas cápsulas de óleo de linhaça por dia nem de anotar tudo o que comia. Só cumpri a ordem após três semanas, quando a perda de peso estacionou. No livro, o autor esclarece que isso se deve à perda de gordura e ao ganho de massa magra. Mesmo assim, só fiquei tranqüila depois que vi minhas medidas reduzirem. A partir dali, fiquei mais empolgada em levar a dieta adiante e por toda a vida.
VALÉRIA MÁXIMO, 32 ANOS, SECRETÁRIA FINANCEIRA, PERDEU 9,4 QUILOS

Mudanças na fita métrica
Altura: 1,60 m
Busto: antes 104 cm; depois 96 cm (menos 8)
Cintura: antes 87,5 cm; depois 77,5 cm (menos 10)
Abdômen: antes 107,5 cm; depois 88 cm (menor 19,5)
Quadril: antes 118,5 cm; depois 11,5 cm (menos 7)
Coxa: antes 67,5 cm; depois 65 cm (menos 2,5)
Braço: antes 30,5 cm; depois 29,5 cm (menos 1)
Peso: antes 80,9 kg; depois 71,5 kg (menos 9,4)
Percentual de gordura: antes 37,6%; depois 33% (menos 4,6%)
Manequim: antes 46; depois 42 (reduziu 2 manequins)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Eu perdoei uma traição


É possível superar a infidelidade e resgatar a relação depois que a confiança foi abalada? Mulheres que apostaram no perdão contam sua experiência e terapeutas de casais comentam o tema, que pode dinamitar – ou dinamizar – a vida a dois

Iracy Paulina
Traição e perdão parecem duas palavras impossíveis de conciliar. “Descobrir que há uma terceira pessoa a bordo é uma dor terrível, atinge você no íntimo”, diz a terapeuta Regina Vaz, autora do livro VAMOS DISCUTIR A RELAÇÃO? (ED. PLANETA). No primeiro momento, parece inadmissível perdoar. Mas muitas mulheres descobrem que, depois da tem pestade, é possível continuar navegando juntos – sem a passageira indesejável, claro. É verdade que tudo depende das circunstâncias, explica a terapeuta de casais Marian Helena Matarazzo, autora do livro ENCONTROS, DESENCONTROS & REENCONTROS (ED. GENTE). “Casos passageiros causam menos estragos e são mais fáceis de perdoar do que aqueles mais longos, que pressupõem envolvimento emocional”, diz. Segundo ela, o impacto de perceber que o parceiro se apaixonou por outra é tão profundo porque não temos a mesma capacidade que o homem de compartimentar as coisas. Ele coloca o trabalho numa caixinha, a família em outra, a amante numa terceira. Já para a mulher, um envolvimento emocional exclui o outro: se ele se apaixonou pela amante é porque o amor pela esposa acabou. “As reações a uma traição também são influenciadas por outros fatores, como a idade, a maturidade emocional, a fase em que está a relação e até os interesses materiais em jogo”, completa a terapeuta. Para a psicóloga Maura de Albanese, diretora do Instituto de Psicologia Avançada, em São Paulo, não se pode jogar a razão para escanteio. “Só perdoamos quando compreendemos a situação. É um processo intelectual, não tem nada de emocional. A mulher que perdoa entende o que o marido fez e onde ela também errou”, diz Maura. Sem isso, não há perdão verdadeiro, cria-se apenas uma situação de barganha. “Ela perdoa da boca para fora, mas na primeira oportunidade tira proveito da situação, faz exigências, porque agora ela tem um trunfo na mão.”
Quando existe um desejo sincero – da mulher e do homem – de preservar a relação, a infidelidade acaba abrindo portas para o diálogo e para um novo pacto, para o recasamento. Às vezes, é necessário recorrer à ajuda de uma terapia de casal. Para Maria Helena, no início do tratamento os dois precisam colocar para fora tudo o que está estragado, os sapos engolidos. Só depois dessa faxina emocional dá para pensar na reconstrução.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Como não enlouquecer enquanto o bebê não vem...


Você não vê a hora de sair por aí exibindo aquele barrigão e começar a comprar as pecinhas para o enxoval? Pois, para realizar o seu grande sonho, o segredo é controlar a ansiedade

Nas festinhas de família, a pergunta é inevitável: “Já encomendaram o bebê?” A resposta é que estão tentanto, mas nada ainda. Apesar disso, em casa, o estoque de livros sobre educação de filhos não pára de crescer. E a decoração do quarto reservado para o filhote só não começou porque não se sabe qual será o sexo do pequeno. A situação, bem conhecida dos casais que estão tentando a primeira gravidez, mergulha o casamento em um clima de ansiedade constante. E ela é justamente a pior inimiga de quem está querendo engravidar.
Um dos seus primeiros efeitos negativos é prejudicar a sexualidade dos candidatos a papais e mamães. “De tanto pensar só na gravidez, os casais esquecem de vivenciar a sexualidade plenamente, o que gera mensagens contraditórias na mente e no corpo. Quando estamos ansiosos, o organismo entra em alerta e aciona as suas defesas. E concepção tem a ver com entrega, acolhimento. É preciso estar relaxada para que ela aconteça”, explica a psicóloga Isabel Kahn, professora da PUC-SP. Sua opinião é reforçada por Silvana Chedid, diretora do Centro de Endoscopia Pélvica e Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa e da clínica Chedid Grieco de Medicina Reprodutiva, ambos em São Paulo, e autora do livro Infertilidade (editora Contexto): “Costumo atender vários casais que estão tentando engravidar há tempos e só quando decidem adiar o plano e tirar umas férias é que conseguem”.

domingo, 26 de abril de 2009

Cirurgia Plástica - facilidades e perigos


Cuidados com a Cirurgia Plástica


Foi-se o tempo em que as cirurgias plásticas eram privilégio da elite. Há cerca de dez anos, uma operação reparadora tinha valor aproximado de um carro, pós-operatório doloroso e várias contra-indicações.

Hoje, esses procedimentos são bem mais acessíveis.

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Além de mais baratos, as formas de pagamento facilitam o alcance da beleza feminina. Ponto para nós mulheres! Existem clínicas que parcelam as cirurgias em até 24 vezes, incluindo anestesia, internação e pós-operatório.

Mas há um lado ruim nessa popularização das plásticas. Muitas pessoas questionam sobre a banalização do procedimento, além da qualidade e confiança dos médicos.

“As mulheres andam encantadas com a idéia de cirurgias plásticas. Como o mercado apresenta mais opções e preços mais baixos, qualquer defeitinho ou quilinho a mais é motivo para cirurgia. As pessoas têm que se conscientizar de que uma cirurgia plástica pode ser perigosa. É como qualquer outra operação de rim, fígado ou coração. Não é pelo fato de ser estética que ela tem menos importância. No fundo, uma cirurgia plástica não deixa de ser uma mutilação”, afirma a cirurgiã Jacira de Almeida, especializada em mamoplastia.

A médica também indica alguns cuidados na escolha do cirurgião: a mulher deve pesquisar sobre o assunto e sobre as conseqüências, além de consultar mais de três profissionais para saber opiniões diferentes. É importante saber a formação e experiência do médico, pois é preciso sentir-se segura.

sábado, 25 de abril de 2009

A Mulher Falta na Poesia


Na literatura clássica brasileira são vários os autores e obras que abordam a temática da mulher bestializada que por hora inspira fuga para, em outras, inspirar realmente o desejo. Os comportamentos ambíguos perante elas são muitos, ainda que no Romantismo é que tenham ficado mais patentes.

A professora francesa da Universidade de Toulouse-le-Mirail, Mirelle Dottin-Orsini, em A mulher a que eles chamam fatal vai traçar o panorama do cenário europeu em relação à mulher (passando pela concepção visceral do assunto por Bauldelaire): viam mulheres em toda parte, diz. As artes plásticas não se furtaram em multiplicar o ícone da mulher – idealizada, mas mulher – em todas as formas e representações de idéias, da Tecnologia ou da Ciência. Mas a reprodução excessiva não a tornava mais familiar segundo a autor, ao contrário, agia quase como um exorcismo. A partir da segunda metade do século XIX, a mulher não é mais a Musa, a Madona; ela agora provoca terror; é a filha de Satã, Eva pecadora, uma afronta em suas liberdades cada vez mais amplas.

É o início de uma mitologia que cultua esta entidade misteriosa e sedutora, que pode matar, que é ávida por sangue. Por vezes confunde-se com a figura da megera, talvez não tão favorecida de belos atributos, mas igualmente letal. Esta figura feminina mitológica é aquela que estraga a vida do homem, uma a depravada de imoralidade contagiosa, uma beldade de nefasto poder.
Com o tempo, o mito vira clichê e torna-se simplesmente um chamariz à venda de histórias, mas já está aceito e enraizado - guardando muito de sua essência original - nas escolas literárias brasileiras, tão influenciadas pelos conceitos europeus que faziam já parte de nossa cultura.

Em Álvares de Azevedo, a segunda fase do Romantismo, explora o caráter dual que teria esta mulher fatal: ao mesmo tempo suave e demônio. Destrói de forma sorridente, tortura o poeta com escárnios, mas este prossegue apaixonado.

(...)

Era mais bela! O seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti – as noites eu velei chorando,
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!

Já em Castro Alves, a mulher fatal já está muito perto do inferno. Entrega-se à luxúria seduzindo a todos sem pudor, alimenta-se do sofrimento do que a ama, é o protótipo da vampira que fere muito além da troça; ataca a moral ignorando-a simplesmente, é fria e cruel diante do sofrimento do outro. Em Fabíola, ela é realmente essa assassina lasciva que rega as plantas com o sange do que deveria ser seu bem-amado:

Como teu riso dói... como na treva
Os lêmures respondem no infinito:
Tens o aspecto do pássaro maldito,
Que em sânie de cadáveres se ceva!

Filha da noite! A ventania leva
Um soluço de amor pungente, aflito...
Fabíola!... É teu nome!... Escuta é um grito,
Que lacerante para os céus s'eleva!...

E tu folgas, Bacante dos amores,
E a orgia que a mantilha te arregaça,
Enche a noite de horror, de mais horrores...

É sangue, que referve-te na taça!
É sangue, que borrifa-te estas flores!
E este sangue é meu sangue... é meu... Desgraça!

Também o conhecidamente frio poeta parnasiano foi vitima desta mulher sedutora mesmo entre os panteões gregos. Em Messalina, Olavo Bilac nos apresenta uma mulher uma mulher que vive entre as ruínas, imperiosa, nobre sobre toda a destruição que a orgia ao redor provoca. Messalina figura poderosa, fascina por sua beleza, sua libertinagem e pelo sangue que derrama, amedrontando.

Recordo, ao ver-te, as épocas sombrias
Do passado. Minh'alma se transporta
À Roma antiga, e da cidade morta
Dos Césares reanima as cinzas frias;

Triclínios e vivendas luzidias
Percorre; pára de Suburra à porta,
E o confuso clamor escuta, absorta,
Das desvairadas e febris orgias.

Aí, num trono erecto sobre a ruína
De um povo inteiro, tendo à fronte impura
O diadema imperial de Messalina,

Vejo-te bela, estátua da loucura!
Erguendo no ar a mão nervosa e fina,
Tinta de sangue, que um punhal segura.

Em Augusto dos Anjos encontramos a mulher fatal misturada aos traços chocantes que caracterizaram sua obra, como a exploração intensa do orgânico, do animal...tudo a ponto de provocar mesmo nojo aos caríssimos leitores. Em Versos íntimos, a figura feminina é destruidora por seu abandono violento, ela rejeita ferozmente o poeta não parecendo demonstrar sensibilidade alguma. Mas ainda que liricamente esbraveje impropérios contra ela, é possível identificarmos que a ingratidão e o abandono não foram suficientes para demover o eu-lírico da sedução que a mulher provoca. Torna-se um ícone o dizer: o beijo, amigo, é a véspera do escarro

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Assim, a mulher fatal pôde estar fortemente no imaginário literário brasileiro, em suas mais diversas facetas, todas destruidoras, assim como ocorrido na Europa. Concluindo com a mesma Dotin-Orsinni: a imagem da mulher fatal, complacente e gratificante no plano da arte, cristaliza de maneira espetacular a ambivalência da atitude masculina diante do feminino (e até aqui nada de novo): fascinação e repulsa, adoração submissa e ódio agudo (poderíamos dizer histérico?), desejo de aconchego e terror incontrolável.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

GRAVIDEZ



Opções para todos os gostos

Pílulas com menos hormônios e até uma para ser usada depois de relações sexuais desprotegidas podem ser escolhidas para prevenir a gravidez indesejada
Existem três formas de se prevenir a fecundação, ou seja, a junção do óvulo com o espermatozóide que resulta em gravidez. Uma delas é evitar as relações sexuais durante o período fértil. Outra maneira é alterar os mecanismos de transformação dos folículos ovarianos em óvulos que, fecundados pelos espermatozóides, formarão os embriões. Essa proeza é feita com os anticoncepcionais hormonais. Por fim, criar impedimentos físicos ou químicos para o encontro entre o óvulo e o espermatozóide. São os chamados métodos de barreira. Escolher entre eles, no entanto, às vezes pode ser mais difícil do que se imagina. Mas os especialistas estão ajudando nessa decisão. "O anticoncepcional deve ser escolhido de acordo com as preferências, estilo de vida e capacidade de adaptação ao método", orien-ta o ginecologista Sérgio Nicolau Mancini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A seleção do método, porém, não significa necessariamente que os casais sigam as suas recomendações de uso ou tenham a continuidade necessária para usufruir dos seus efeitos. Muita gente esquece de tomar a pílula ou de colocar a camisinha na hora da penetração, por exemplo.

Comportamentais
As técnicas comportamentais (naturais ou de percepção da fertilidade) não são recomendadas pela maioria dos ginecologistas porque sua aplicação depende do conhecimento e da análise de muitos sinais do corpo. A mulher precisa aprender a conhecer e interpretar, por exemplo, os padrões da temperatura interna do corpo ou a consistência do muco cervical, entre outros comportamentos do organismo. Os métodos hormonais e de barreira são os que mais oferecem praticidade e vantagem em relação aos naturais. As pílulas constituem o método de contracepção mais popular no mundo e estão em uso há mais de três décadas. Mas dez anos depois da sua comercialização e das transformações que provocou na vida sexual dos casais começou-se a discutir os seus riscos para a saúde, como o aparecimento da trombose e crescimento das chances de infarto por causa de elevadas doses de hormônio, que aumentavam alguns fatores de coagulação do sangue e poderiam favorecer o aparecimento de coágulos e trombos. Hoje, no entanto, as concentrações de hormônio são cada vez menores e, por isso, os riscos também.

De fibras e mel à camisinha
A preocupação em evitar a gravidez vem de longa data. Hoje, pode parecer muito esquisito, mas mulheres do antigo Egito, por exemplo, evitavam a gravidez usando emplastros vaginais preparados à base de fibras vegetais, mel e uma goma obtida da acácia, que teriam ação espermicida. "No século XVIII, a industrialização da borracha permitiu o desenvolvimento de técnicas mais modernas de contracepção, substituindo os unguentos e pastas de ervas pelos preservativos em látex, diafragmas e capas cervicais", conta a ginecologista Mara Diêgoli, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Hoje, as opções para unir a segurança ao prazer se multiplicam. Há diversos tipos de dispositivo intra-uterino, centenas de marcas de camisinha e até uma pílula para ser colocada no canal vaginal para mulheres que sentem muita náusea tomando anticoncepcionais hormonais orais. Mas as pesquisas oferecem, a cada dia, novas opções para afastar óvulos de espermatozóides. Um exemplo é a pílula do dia seguinte, já disponível no Brasil. Mas ela só é indicada para ser usada em emergências (como atos de violência sexual ou quando o método anticoncepcional falha). É composta por dois comprimidos de alta dosagem hormonal. O primeiro deve ser ingerido o mais rápido possível depois da relação sexual desprotegida. E o segundo 12 horas depois. É importante saber que essa pílula não é abortiva. Ela age de duas formas: impede a junção do óvulo com o espermatozóide, evitando a fecundação ou, se a fecundação já ocorreu, a pílula impossibilita que o ovo se fixe na parede do útero.

Barreira

Impedir que o espermatozóide encontre o óvulo é também a missão dos métodos de barreira. Esse obstáculo pode se dar por meios químicos ou mecânicos. A maioria deles previne não só a gravidez, mas também as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Existem dois tipos de métodos de barreira: masculino (camisinha) e feminino (DIU, diafragma, camisinha e espermicida). "Indico a camisinha como a primeira opção para quem está iniciando a vida sexual", aconselha a ginecologista Mara Solange Diêgoli, do Hospital das Clínicas de São Paulo. A grande novidade nessa categoria é o preservativo feminino, comercia-lizado no Brasil pela DKT desde 1998. A partir de outubro, o Ministério da Saúde começará a distribuir esse preservativo nos serviços de atendimento à mulher. A distribuição será acompanhada de palestras e orientações sobre a colocação. A decisão de tornar a camisinha feminina mais acessível foi tomada a partir de um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que mostra sua boa aceitação entre as mulheres. O trabalho analisou 2.453 mulheres acima de 18 anos e verificou que mais de 70% delas usariam a camisinha feminina como método de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids. Que bom. Trata-se de um método que aumenta os recursos de prevenção e que, melhor ainda, está ao alcance da mulher. Ela não depende da boa vontade do homem para que possa se proteger tanto de DSTs quanto de uma gravidez indesejada. Ótima notícia, principalmente quando se sabe que a mulher é a maior responsável pelo planejamento familiar no Brasil.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dicas: de Cuidados Com a Pele



Cuidados com a pele no avião


"Senhores passageiros, aqui é o comandante desta aeronave. Obrigado pela presença a bordo. Nosso tempo de voo será de várias e intermináveis horas, nas quais os senhores terão total impossibilidade de descansar devido ao aperto entre as poltronas, ao frio do ar-condicionado, ao barulho e aos chutes na sua poltrona vindos do passageiro atrás de você. Em nome da tripulação, desejamos uma viagem agradável, ainda que isso seja totalmente impossível. "

Não é fácil viajar de avião. Nem a sua pele escapa dos suplícios. O ambiente dentro do avião é bem diferente daquele em que vivemos habitualmente. Como o ar é seco, pele e cabelos perdem água e ressecam. Dependendo do tempo de voo, dá para sentir que a pele fica rígida, mais enrugada e com coceira. Olhos e vias respiratórias também sofrem com essa secura do ar. Neste texto, darei algumas dicas que ajudarão a manter sua pele hidratada. Espero que isso ajude você a viajar com um pouco mais de conforto e chegar ao seu destino com uma aparência bonita e mais descansada.

Dicas para combater o ressecamento da pele

Preocupe-se constantemente em hidratar sua pele por dentro e por fora. Para isso, beba líquidos com frequência e aplique um bom hidratante.

Os líquidos que hidratam nosso organismo são água, água de coco, sucos, refrigerantes. Bebidas alcoólicas ou ricas em cafeína você deve evitar porque têm o efeito oposto: desidratam. Beba mais água que o habitual e antes mesmo de sentir sede.

De vez em quando, molhe o rosto. Você pode levar um borrifador, desses de regar planta. Ou então, vá ao banheiro frequentemente e use água da pia. Lembre-se que a gente precisa caminhar durante o voo, para ativar a circulação. Assim você cuida da pele e da circulação ao mesmo tempo. Depois, seque a pele delicadamente. Com a pele ainda úmida, aplique o seu hidratante e reaplique sempre que sentir necessidade. Não se esqueça dos lábios: leve um bastão à base de manteiga de cacau, vaselina ou cold cream. No corpo, aplique um hidratante potente, à base de ureia ou lactato de amônio. Assim como no rosto, reaplique quantas vezes precisar.

Quando você chegar ao seu destino, tome um banho com água morna ou fria. Depois, use novamente seu hidratante. Isso fará sua pele se recuperar do baque.

E filtro solar, precisa?

Recomendo o uso de filtro solar mesmo dentro do avião, durante voos diurnos. Não se espante: é que apesar da janela de acrílico bloquear parte da radiação ultravioleta, garantindo que a gente não se queime e nem fique vermelho, o bloqueio não é completo. Além disso, em grandes altitudes os raios solares são mais perigosos pois o ar externo é rarefeito e filtra menos as radiações.

E assim, caros passageiros, chegamos ao final dessa coluna. Espero que as dicas tenham sido úteis e até a próxima.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mulher Do lar, com muito orgulho,



Abrir mão da carreira para cuidar dos filhos e do marido
pode parecer um retrocesso na vida da mulher.
Mas acredite: dá para ser muito feliz assim!



Quando alguém pergunta à pernambucana Elaine Silva Marinho, de 31 anos, qual é a sua ocupação, ela fala com convicção: “Sou dona-de-casa”. Uma resposta assim, se fosse dada no passado, não faria muito sentido nem provocaria nenhuma surpresa. Atualmente, no entanto, algumas mulheres da idade dela têm vergonha de dizer isso, pois percebem um certo tom de reprovação nos outros ao revelar que optaram por cuidar da casa, dos filhos e do marido. “Já escutei muita crítica e também já sofri muito por causa disso”, conta Elaine. “Hoje, estou segura de que, diante das circunstâncias da vida, fiz a melhor escolha”.

A história de Elaine é semelhante à de muitas donas-de-casa que cresceram depois da revolução feminista. Ela casou, teve um filho, se separou e precisou contar com a ajuda da mãe para cuidar da criança em seus primeiros anos. “Eu trabalhava de dia e estudava à noite”, conta. “Muitas vezes, nem via meu filho”.

Ao casar de novo e engravidar de seu segundo filho, resolveu não repetir a mesma experiência. Dois meses depois de voltar da licença-maternidade, pediu demissão do emprego como recepcionista de hotel. “Pagar para que outras pessoas cuidassem dos meus filhos estava consumindo quase todo o meu salário”, ela lembra. “ Preferi cuidar deles eu mesma”.

Segundo a psicóloga Olga Inês Tessari, mulheres que tomam essa decisão sofrem hoje um tipo de pressão semelhante ao que ocorria no passado com as que decidiam trabalhar fora. “Nadar contra a corrente sempre traz algum custo para a pessoa”, explica. “Hoje em dia, quem faz essa opção sofre muito preconceito”. Mas a psicóloga chama a atenção para o fato de que, às vezes, quando a crítica vem de outras mulheres, ela pode ser fruto de inveja. “Isso é muito comum”, afirma. “No fundo, elas também gostariam de ter um marido que as sustentasse para poderem ficar cuidando da casa e da família”. De acordo com a especialista, não existe uma escolha certa para todas as mulheres. “Depende das suas condições, das circunstâncias da vida e das suas prioridades”, ela explica.

A advogada paulista Maria Paula Machado, de 31 anos, tornou-se dona-de-casa por uma combinação de fatores. “Ao me formar, não consegui um emprego bem remunerado. Além disso tinha um filho pequeno e mudei de cidade duas vezes por causa do trabalho do meu marido”, explica. Paula também sofreu por causa da decisão e conta que, para se defender psicologicamente das críticas feitas pelos outros, recorreu a uma postura arrogante. “Quando me perguntavam por que eu não trbalhava fora, minha resposta típica era: ‘Eu não preciso disso, tenho um marido que me sustenta’ “, conta. “Era meu coice de auto defesa”.

Segundo a psicóloga Olga Inês Tessari, para aproveitar o que a opção de ser dona-de-casa tem de bom e evitar sofrimento, são necessários alguns cuidados. O mais importante de todos, no entanto, é proteger e cultivar a auto-estima. “Se você está feliz consigo mesma, enfrenta todos os obstáculos da cabeça erguida”. Essa é a chave da felicidade.


PARA SER FELIZ


CONFIRA AS DICAS DA PSICÓLOGA OLGA INÊS TESSARI

PARA QUEM DECIDE SER DONA-DE-CASA




PREPARE-SE PARA AS CÍTICAS


O segredo é conseguir não se abalar ao ouvi-las, mas também não reagir com agressividade a elas. E lembre-se: quem critica nem sempre tem a maturidade necessária para fazer esse tipo de julgamento.

ENCONTRE OUTRAS PESSOAS

Manter-se isolada do mundo, pensando apenas na casa, é prejudicial a você e ao seu casamento. Procure conviver com outras pessoas, fazer amigos, conversar sobre temas alheios à família.

NÃO SEJA SÓ MÃE

Um erro grave é se dedicar apenas aos filhos, sem cuidar de si própria em termos físicos e intelectuais. Faça cursos, desenvolva novas habilidades, mantenha-se informada sobre o mundo, invista em cultura, faça academia. Se você se sentir feliz como mulher, tudo vai bem.


CONFIE EM VOCÊ MESMA


Procure combater o medo de perder o marido e não ter como se sustentar. Na imensa maioria dos casos, quando isso acontece, a mulher consegue dar a volta por cima e percebe que o sofrimento foi em vão. Mas é bom, claro, investir em cursos e outras formas de desenvolver suas aptidões.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A vaidade Feminina


Para os olhos delas

Tirando as Amélias uma espécie, aliás, em franco processo de mutação toda mulher que se preza não vive sem a sua vaidade. Para os homens, pode parecer felicidade barata mas, para as mulheres, que sabem o quão caro é o custo disso, um dia de sorriso garantido é aquele em que a pele amanhece perfeita, os cabelos dispostos a colaborarem e o guarda-roupa recheado de peças que parecem ter sido desenhadas sob medida. Mas quem pensa que a tradicional produção visual feminina visa encantar os olhares masculinos, engana-se. É claro que, nessa história, há uma boa dose de síndrome de pavão, que se enfeita para atrair o sexo oposto, e também um pouco de satisfação pessoal. Mas o que atormenta a maioria das mulheres naqueles dias de camiseta, calça de moleton e rabinho de cavalo é a própria opinião feminina. Como boas representantes da espécie, elas sabem que o mundo é uma arena de leoas, todas de olho vivo para condenar sapatos mal escolhidos, maquiagens borradas e outros deslizes da concorrência.

A advogada Juliana Grillo assume que, quando abre o armário, é com a opinião das outras que se preocupa na hora de escolher a roupa. Eu me visto para as mulheres, confesso. Nós somos muito cruéis, não deixamos passar nada. Nem os homens são tão exigentes, acredita. Academia de ginástica é o melhor lugar para comprovar isso. Aquele bando de mulheres reparando se você usa a mesma malha todo dia, se você muda sempre. É um julgamento constante, diz ela. Da mesma maneira, a bartender Branca Carvalho confessa que marca duro na avaliação das colegas de trabalho. Na boate onde eu trabalho, somos mais oito mulheres. Eu reparo mesmo e comento com as outras. Mas, pelo menos, sou justa. Quando vem alguma mais bem arrumadinha, faço questão de elogiar, diz ela. Mesmo que tal generosidade seja, na verdade, uma espécie de inveja velada. É um horror. No fundo, fico me roendo em perceber que tem alguém mais bonita do que eu. É uma competição mesmo. Homem não repara se o cinto está combinando com o sapato ou se você repetiu a mesma calça a semana inteira, comenta ela.

E não reparam mesmo. Basta uma rápida pesquisa para comprovar que, quando passa uma mulher, há, para os homens, outros apetrechos mais interessantes a serem observados do que a produção fashion. A gente olha primeiro pro corpo, pro rosto, ninguém fica reparando em sapato. Pode até reparar, mas não comenta, senão já viu... fica mal falado, garante o economista Bernardo Morzira. Para ele, para agradar os homens, basta que a mulher apenas aposte nas peças que realcem, digamos, suas bênçãos naturais. Quando coloca uma blusinha mais decotada, uma calça mais justa, aí a galera repara e gosta. Não importa a cor, se está combinando com a saia, ou qualquer coisa assim. Desde que esteja valorizando coisas boas, se a roupa for curta e justinha, já faz a alegria da garotada, garante.

Como bom membro da espécie, a psicóloga Olga Inês Tessari também assume que se veste para os olhos das outras mulheres. Toda mulher é assim, de certa forma. Isso acontece porque ela quer que as outras a vejam como a mais bonita, a mais gostosa, a mais mais, comenta. Isso é apenas mais uma manifestação daquela antiga e polêmica história: a concorrência feminina. Repare só: junta-se um grupo de mulheres para comentar sobre como um rapaz é bonito, interessante, bom partido. Talvez elas não saibam, mas o que faz essa reunião é o desejo de conquistar o mesmo rapaz e valorizar essa conquista, embora não revelem essa vontade para a outra. O mesmo acontece com a roupa. Na maioria dos casos, é uma necessidade de compensação da auto-estima, como o carro é para o homem, compara ela. Difícil essa vida de mulher: se arrumar para elas, se despir para eles.

domingo, 19 de abril de 2009

A Evolução Da Mulher No Mercado De Trabalho



As mulheres e o mercado de trabalho



As desigualdades vividas no cotidiano da sociedade, no que se refere às relações de gênero, não se definiram a partir do econômico, mas, especialmente a partir do cultural e do social, formando daí as "representações sociais" sobre as funções da mulher e do homem dentro dos variados espaços de convivência, ou seja: na família, na escola, na igreja, na prática desportiva, nos movimentos sociais, enfim, na vida em sociedade.

Nos últimos cinqüenta anos um dos fatos mais marcantes ocorridos na sociedade brasileira foi a inserção crescente das mulheres na força de trabalho. Este contínuo crescimento da participação feminina é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais. Primeiro, o avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva, a continuidade do processo de urbanização e a queda das taxas de fecundidade, proporcionando um aumento das possibilidades das mulheres encontrarem postos de trabalho na sociedade. Segundo, a rebelião feminina do final dos anos 60, nos Estados Unidos e Europa, chegou como uma onda nas nossas terras, em plenos anos de chumbo; apesar disso, produziu o ressurgimento do movimento feminista nacional fazendo crescer a visibilidade política das mulheres na sociedade brasileira(Melo, mimeo/2003).

A população brasileira, segundo dados do IBGE/CENSO 2000, é de 169.799.170 milhões de habitantes, com participação de 51,31% de mulheres. Não há dúvida de que há uma estreita relação entre o trabalho e a educação no processo de desenvolvimento dos grupos e da sociedade como um todo. Segundo dados do IBGE/2000, a PEA brasileira, em 2001, tinha uma média de escolaridade de 6,1 anos, sendo que a escolaridade média das mulheres ocupadas era de 7,3 anos e a dos homens de 6,3 anos.

Uma conclusão corrente é a de que o cidadão ou a cidadã com maior nível de escolaridade tem mais oportunidade de incluir-se no mercado de trabalho. Como afirma Lena Lavinas, em estudo recente, além da inclusão no mercado, constata-se uma significativa melhora entre as diferenças salariais. Entretanto, mesmo com o expressivo crescimento da mulher no mercado de trabalho, como já foi colocado, ainda não foram superados os obstáculos de acesso a cargos de chefia e diferenças salariais; estes, embora tenham diminuído desde os anos 90, ainda permanecem e significam que as mulheres aceitaram postos de trabalhos miseráveis para sobreviver com sua família, já que as taxas de desemprego feminino são significativamente maiores do que as da população masculina. As trabalhadoras brasileiras concentram-se nas atividades do setor de serviços; 80% delas são professoras, comerciárias, cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou trabalham em serviços de saúde, mas o contingente feminino mais importante está concentrado no serviço doméstico remunerado, primeira ocupação das mulheres brasileiras. São negras cerca de 56% das domésticas e usufruem ainda os menores rendimentos da sociedade (Melo, 1998).

O desemprego tem atingido mais fortemente as mulheres, conforme dados da OIT (com base nos microdados da PNAD 2001). Hoje, o desemprego está em uma taxa de 11,7%, 31% superior a dos homens (7,4%). No que se refere às mulheres negras (13,8%), o percentual é 86% superior a dos homens brancos (6,5%). Grande aumento nessa diferenciação se deu entre 1992 e 2001. Preocupante é a taxa de desemprego juvenil, destacando-se os negros e as mulheres: jovens brancos têm taxas de 13,6%, jovens negras de 25% e jovens brancas 20%.

A presença das mulheres no trabalho precário e informal é de 61%, sendo 13% superior à presença dos homens (54,0%). A mulher negra tem uma taxa 71% superior a dos homens brancos e destas 23% são empregadas domésticas.Necessariamente, a análise da situação da presença feminina no mundo do trabalho passa por uma revisão das funções sociais da mulher, pela crítica ao entendimento convencional do que seja o trabalho e as formas de mensuração deste, que é efetivada no mercado.

O trabalho não remunerado da mulher, especialmente aqueles realizados no âmbito familiar, não são contabilizados por nosso sistema estatístico e não possuem valorização social - nem pelas próprias mulheres - embora contribuam significativamente com a renda familiar e venham crescendo, englobando inclusive atividades exercidas para grandes empresas. O que vem sendo concluído com os estudos sobre a mulher é que ocorre evidentemente uma dificuldade em separar casa-fábrica ou vida pública-privada, mesmo em se tratando da participação no mercado de trabalho, na população economicamente ativa.

Doaré analisa uma das conseqüências da internacionalização do processo de produção e formas de sua realização, ressaltando a gestão da mão-de-obra barata, mecanismo que envolve a maior parte da força de trabalho feminina, com dados de 1975 que ainda se mantêm atualizados: "... a subcontratação - uma das formas de deslocamento geográfico industrial - apesar de abranger 725.000 trabalhadores em 39 países (1975), de acordo com Frobel, é menos um fenômeno quantitativamente importante em escala mundial, do que uma expressão particularmente significativa de uma nova exigência do capital, através da exploração da mão-de-obra vulnerável dos países subdesenvolvidos, em condições específicas, e principalmente das mulheres. Com efeito, trata-se menos, nesta circunstância, da exportação de capitais do que da exportação de uma relação social de produção que integra a divisão sexual às novas formas de internacionalização do trabalho." Somente a partir de uns 10 a 15 anos atrás, especialmente desde o período Constituinte, 1987/88, as questões que envolvem as relações de gênero no trabalho e na produção encontraram maior espaço nas pautas importantes de discussão de políticas de emprego, como sindicatos, dos partidos políticos, e outros setores similares.

Há que se reconhecer, neste contexto, que seja por falta de consciência política ou pelo desejo de manter o "status sexual" ? muitos ainda apóiam a "partição" sexual do trabalho, como um procedimento "natural" ? que o panorama continua. Na verdade, é toda uma formação cultural que contribuiu e contribui com esse quadro de ?naturalização" da questão, a fragmentação da sociedade em dois espaços hierarquizados, em função dos sexos, são temas omitidos na maioria das análises sócio-econômicas de nossas sociedades. As contradições da relação homem/mulher são diluídas na aparente neutralidade dos conceitos científicos; outras vezes delimitam artificialmente os campos de análises, como podemos observar mais freqüentemente na educação, na economia, na sociologia do trabalho e na sociologia da educação.

Sejam as operárias de fábricas, as trabalhadoras do comércio ou do campo, e outras, elas convivem com problemas de ordem privada que em muito dificultam seu desempenho como profissional, suas necessidades de qualificação e requalificação, afetando o cotidiano de toda família. No entanto, os homens dificilmente consideram tais problemas também como parte de sua vida. São dificuldades que, embora internas a questões da vida familiar, refletem sobre as condições de exploração da força de trabalho - apresentando-se, de fato, como um problema coletivo, tomando caráter público - como é o caso da não existência de infra-estrutura (creches, restaurantes, lavanderias, etc.), que apoiariam a saída para o trabalho.

Pesquisas sobre a utilização de novas tecnologias indicam que as mulheres estão sendo excluídas dos treinamentos que possibilitam o conhecimento das máquinas e de programação, sendo mantidas nas funções que exigem menos qualificação, como já nos referimos. Salvo esparsas exceções, raramente a mulher consegue penetrar em áreas onde sejam feitos diagnósticos e tomadas decisões técnicas. Sua atuação é sempre restrita à esfera de execução do que já foi decidido. Mesmo hoje, com as mudanças na organização do processo de trabalho, ela ainda não participa do processo decisório. Nas fábricas, ela está na linha de montagem, no comércio, está no balcão, no campo, está na colheita, e assim por diante.

Finalmente, hoje observa-se a possibilidade concreta de uma nova ordem que inclui a relação complementar entre os sexos, a possibilidade de um núcleo familiar democrático e outros componentes de formação da sociedade que venham garantir a efetivação do velho/novo clamor por uma sociedade socialmente justa. Vários são os caminhos construídos pela recente história cultural de nossa sociedade e pela produção teórico-conceitual que explicitam a existência das diferenças, possibilitando maior clareza e uma concepção bem elaborada sobre a questão, de forma que não permitam que seja dada uma continuidade ao processo de desigualdade, gerada a partir das diferenças.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

MODA E ESTILO



Tudo sobre meia calça

Amiga das mulheres que não querem nem passar frio, nem mostrar demais; a meia calça é a escolha certa pra quem quer esquentar as pernas no inverno e dar um charme mais ao look. Elas não saem de moda e é cada vez mais fácil encontrá las em diferentes versões de cores, estampas e materiais que podem ser adaptados para todo tipo de mulher e bolso.

A meica calça foi originalmente criada para compor o look de trabalho de mulheres dos anos 20 que começavam a sair de suas casas para ajudar no orçamento familiar. Depois da revolução industrial, virou objeto de desejo de todas. Símbolo da sensualidade feminina, ganhou fama nos anos 40 com as Pin Ups e nunca mais saiu de cena.

Antes de falarmos de estilo, lembramos que a meia calça ainda tem o poder de modelar e melhorar a silhueta. Existem modelos que ajudam a levantar o bumbum, algumas escondem a barriguinha e culotes e muitas ajudam a melhorar a celulite. Além disso, as meias de compressão são a melhor saída em vários tipos de doenças vasculares como as varizes.

Na moda, elas são uma pedida ideal para um look mais sofisticado e moderno. As meias mais finas combinam com eventos sociais e looks sérios, enquanto as mais grossas ajudam a compor um visual mais despojado.

A meia calça alonga as pernas, mas é preciso ter atenção no caso de estampas, que podem dar o efeito contrário. Indicadas são as que tem risca de giz.

Ultimamente tem aparecido cada vez mais nas passarelas e revistas modelos estampados, mas se você está acima do peso, deve ter cautela com eles. Estampas e texturas criam volume e chamam ainda mais atenção para as pernas. Para quem está com as pernas em dia e quer abusar da nova moda, existem meias disponíveis em diversos materiais: lurex (com brilho), renda, as chamadas "caneladas" e a famosa arrastão, criada nos anos 40. É só saber escolher. A arrastão inclusive pede atenção para não vulgarizar o visual. Um bom truque é deixar de lado a saia curta e o decote, ou colocar uma meia bem fina (pode até ser colorida) por baixo dela.

E quem acha que as meias cor de pele são fáceis de usar está enganada. É difícil achar o tom certo pra cada um e principalmente não deixar o visual pesado, chamando mais atenção pra algo que quer passar desapercebido.

Por fim, existem maneiras de guardar e mantê-las. Como são peças delicadas e que podem rasgar a qualquer momento, é preciso ter muito cuidado. Nada de vesti-las usando anéis e pulseiras e muito cuidado com as unhas. Uma vez danificadas, os furos e rasgos só aumentam com o tempo. Desenrole a meia até que ela esteja totalmente esticada, e siga as instruções quem vem na embalagem e guarde sempre seu par em um saco plástico. A lavagem deve ser feita com sabão neutro e a secagem na sombra, em algum local que não exista perigo de ter os fios puxados.

Dicas a parte, monte seu arsenal de meias antes que o inverno chegue. Elas são os acessórios mais baratos que existem e podem virar uma grande pedida vinda diretamente da gaveta de calcinhas.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A PROSTITUTA E A PROSTITUIÇÃO



Prostituição

É muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que a prostituição é a profissão mais antiga da humanidade, mas a prostituição, como vemos hoje, é um “fenômeno essencialmente urbano”, surgido há menos de 2 séculos com o nascimento das grandes cidades, da classe dominante burguesa, do modelo de família monogâmica, e da noção de fidelidade que normatizou a sexualidade das pessoas.
Luiz Henrique Passador, Antropólogo social, nos lembra que essa família burguesa, que passou a ser o modelo para uma nova ordem sexual, onde o prazer permitido tornou-se o privado, o lar, e que nessa nova privacidade, a mulher foi confinada e “dessexualizada”, surgindo então, a figura mítica da “rainha do lar” cujo prazer passa a ser direcionado para o cuidado e a reprodução da família, que passou a ter a sua sexualidade controlada por questões morais de poder. Nesse momento a virgindade ganhou o significado de pureza moral, ou seja, aquela que se guardou para um só homem, que controlou seus “instintos” e não se entregou à busca da satisfação de prazeres carnais e mundanos.
Assim, a prostituição e a prostituta passam a ser vistos como os opostos ao lar e à “rainha do lar” . É na prostituição onde a sexualidade insubmissa podia acontecer, associada às representações do impuro, da sujeira sexual - a “Boca do Lixo”! É nesse contexto que os homens podiam viver as fantasias irrealizáveis, os desejos proibidos no território do lar, locais com caráter lúdico e público – boates, bordéis, “zonas” e ruas. A prostituição se apresenta ainda hoje, como uma alternativa momentânea à quebra da disciplina, principalmente em relacionamentos que preservam esse caráter machista do poder e do sexo. É o território do prazer ilegítimo na vida cotidiana, onde muitos podem revelar suas fantasias e suas identidades sexuais mesmo que temporariamente desestruturadas sem que corram o risco de terem suas identidades sociais comprometidas retornando íntegros ao lar, a família, e ao trabalho, tal como romanceava Jorge Amado, no campo da literatura de ficção, um dos autores que privilegiam o estereótipo romanceado e humanizante da prostituta sábia, tolerante e acolhedora, e do bordel enquanto espaço de convívio social masculino.
Apesar de uma maior liberação sexual entre os jovens que buscam iniciar sua vida sexual com colegas ou namoradinhas, ainda hoje as profissionais do sexo fazem a iniciação sexual de muitos jovens. Muitos homens procuram nessas profissionais a oportunidade de extravasar o desejo, de viver fantasias ou fetiches sexuais de uma forma imediata, principalmente, quando não se tem alguém para fazer sexo, ou também quando por uma educação repressora referente à sexualidade, esse homem e sua parceira tem um modelo de relacionamento onde não cabe o compartilhar de fantasias sexuais, a possibilidade de ousar.
Quando ouvimos falar de homens profissionais do sexo, conhecidos como garotos de programa ou michês, podemos levantar a hipótese de que as mulheres estão ousando ou reproduzindo um modelo masculino de vivenciar a erotização da sua sexualidade fora do contexto doméstico, mas essa idéia não confere com a realidade. É sabido que a clientela desses garotos de programa é composta na sua quase total maioria de homens, homo ou bissexuais, que buscam prazer e diversão com o sexo, nesse caso, pago.

Certo? Errado? Não cabe a nós julgarmos.

Alguns buscam no sexo pago a realização de seu poder, a realização de seus desejos e até de uma transa sem envolvimento afetivo, sabemos que muitos homens, após inúmeras frustrações afetivo-sexuais se tornam avessos a compromissos, por outro lado, apesar das grandes mudanças comportamentais que as mulheres conquistaram nesses últimos 40 anos, inclusive sexualmente, é sabido que muitas mulheres ainda carregam em si os pudores de uma educação repressora da sexualidade, o que faz com que o relacionamento seja repleto de uma moralidade que retira a possibilidade de viver o erotismo na relação. Sabemos também que a sociedade tem um comportamento muitas vezes cruel, repleto de preconceito e discriminação com relação às pessoas com orientação homossexual ou com pessoas que manifestam sua bissexualidade, muitas vezes esses homens homo ou bissexuais buscam ter com homens profissionais do sexo alguém para fazer sexo, e a oportunidade de extravasar desejos e fantasias.

Qual o cuidado?

Em qualquer relacionamento as pessoas deveriam ter em mente o cuidado consigo próprias, com seus afetos, saúde e com seu projeto de vida.
Por isso não podemos esquecer de tomar os cuidados básicos que devem existir em qualquer relacionamento íntimo, seja homo ou heterossexual, com um(a) namorado(a), com seu parceiro(a) ou com um(a) profissional do sexo, e esse cuidado preventivo básico é o de não deixar de usar o preservativo, em nenhuma situação!
Mas é preciso saber que o correto é usar o preservativo desde o inicio da relação, e não só no momento de penetração, seja ela vaginal ou anal; é necessário também usar o preservativo para o sexo oral . Nunca use dois preservativos, é errado pensar que isso aumenta sua proteção, isso só aumenta a chance dele estourar!
Isso vale para todas as pessoas, jovens, adultos, idosos, clientes e profissionais do sexo, homem ou mulher, somos todos passíveis de adoecer, de se apaixonar e também de se contaminar e de morrer. Muitas são as DST – doenças sexualmente transmissíveis, as mais comuns são: sífilis, gonorréia, “crista de galo” ou HPV, e a contaminação por HIV – Aids; fora essas, outras doenças como a hepatite, que não é sexual mas pode ser passada via contato sexual. Se você não colocar sua vida em 1ºlugar e se proteger, você fica muito mais vulnerável , por isso proteja-se! Sempre!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Câncer do Colo do Ùltero



Epidemiologia
Consulte a publicação Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2008.


Fatores de Risco
Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero, sendo que alguns dos principais estão associados às baixas condições sócio-econômicas, ao início precoce da atividade sexual, à multiplicidade de parceiros sexuais, ao tabagismo (diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados), à higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de contraceptivos orais. Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV) tem papel importante no desenvolvimento da neoplasia das células cervicais e na sua transformação em células cancerosas. Este vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero.

Estudo comparando estratégias para a detecção precoce do câncer do colo do útero e suas lesões precursoras

Estratégias de Prevenção
A prevenção primária do câncer do colo do útero pode ser realizada através do uso de preservativos durante a relação sexual. A prática do sexo seguro é uma das formas de evitar o contágio pelo HPV, vírus que tem um papel importante no desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer.
A principal estratégia utilizada para detecção precoce da lesão precursora e diagnóstico precoce do câncer (prevenção secundária) no Brasil é através da realização do exame preventivo do câncer do colo do útero (conhecido popularmente como exame de Papanicolaou). O exame pode ser realizado nos postos ou unidades de saúde que tenham profissionais da saúde capacitados para realizá-los.
É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco. O INCA tem realizado diversas campanhas educativas, voltadas para a população e para os profissionais da saúde, para incentivar o exame preventivo.

O exame preventivo
O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Papanicolaou) consiste na coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada uma amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da parte interna (endocérvice).

Para a coleta do material, é introduzido um espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna do colo através de uma espátula de madeira e de uma escovinha endocervical.

Mulheres grávidas também podem realizar o exame. Neste caso, são coletadas amostras do fundo-de-saco vaginal posterior e da ectocérvice, mas não da endocérvice, para não estimular contrações uterinas.

A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores ao exame. Além disto, exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode alterar o resultado.

Quem e quando fazer o exame preventivo
Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente se estiver na faixa etária dos 25 aos 59 anos de idade.

Inicialmente, um exame deve ser feito a cada ano e, caso dois exames seguidos (em um intervalo de 1 ano) apresentarem resultado normal, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.

Se o exame acusou:
• Negativo para câncer: se esse for o primeiro resultado negativo, é necessário fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se já houver um resultado negativo no ano anterior, o exame preventivo deverá ser feito daqui a 3 anos;
• Alteração (NIC I): repetir o exame daqui a 6 meses;
• outras alterações (NIC II e NIC III): o médico deverá decidir a melhor conduta. Será necessário fazer novos exames, como a colposcopia;
• infecção pelo HPV: o exame deverá ser repetido daqui a 6 meses;
• amostra insatisfatória: a quantidade de material não deu para fazer o exame. Repetir o exame logo que for possível.

Independente desses resultados, é possível que a mulher possa ter alguma outra infecção que será tratada, devendo seguir o tratamento corretamente. Muitas vezes é preciso que o seu parceiro também receba tratamento. Nesses casos, é bom que ele vá ao serviço de saúde receber as ori

terça-feira, 14 de abril de 2009

UMA GRANDE MULHER ESCRITORA E POETA


Cecília Meireles

Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1964) foi uma poetisa, professora e jornalista brasileira. Cecília Meireles teve três filhas com o pintor Fernando Correia Dias, entre elas a atriz Maria Fernanda Meireles.

Biografia

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.
(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.
(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."''

Foi, a partir de então, que foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides e, aos nove anos, começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916. Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Aos dezoito anos de idade publicou seu primeiro livro de poesias (Espectro, 1919), um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
No ano de 1922 se casou com o pintor português Fernando Correia Dias com quem teve três filhas. Seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada fundando, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima.
Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou Nunca Mais... e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.

Obras da autora

• Espectros, 1919
• Criança, meu amor, 1923
• Nunca mais..., 1924
• Poema dos Poemas, 1923
• Baladas para El-Rei, 1925
• Batuque, samba e Macumba, 1933
• O Espírito Vitorioso, 1935
• Viagem, 1939
• Vaga Música, 1942
• Poetas Novos de Portugal, 1944
• Mar Absoluto, 1945
• Rute e Alberto, 1945
• Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1948
• Retrato Natural, 1949
• Problemas de Literatura Infantil, 1950
• Amor em Leonoreta, 1952
• Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952
• Romanceiro da Inconfidência, 1953
• Poemas Escritos na Índia, 1953
• Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
• Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
• Panorama Folclórico de Açores, 1955
• Canções, 1956
• Giroflê, Giroflá, 1956
• Romance de Santa Cecília, 1957
• A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
• A Rosa, 1957
• Obra Poética,1958
• Metal Rosicler, 1960
• Antologia Poética, 1963
• Solombra, 1963
• Ou Isto ou Aquilo, 1964
• Escolha o Seu Sonho, 1964
• Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965
• O Menino Atrasado, 1966
• Poésie (versão francesa), 1967
• Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998

Outros textos

• 1947 - Estréia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim Gonçalves. música de Luis Cosme; marionetes, fantoches e sombras feitos pelos aluos do curso de teatro de bonecos.
• 1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de São Paulo e pela autora (Rio de Janeiro - Brasil)
• 1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (New York - USA).
• 1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de Andrade, argumento baseado em trechos de "O Romanceiro da Inconfidência".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Bacalhau com natas


Bacalhau com natas - direto de Portugal

30min

6 porções

  • Ingredientes
  • 1 kg bacalhau
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho
  • 4 batatas medias
  • 1 talo de alho poró ( alho francês em Portugal)
  • 1/2 litro de natas (3 latas creme de leite sem soro)
  • 1 ovo
  • Queijo parmesão
  • Coentro ( opcional )
  • Azeite
  • Azeitona preta
  • Tabela de conversão de medidas
  • Modo de Preparo
  1. Demolhe o bacalhau em água até o sal ficar ao gosto, cerca de 24 horas
  2. Em uma panela coloque o azeite, doure o alho, cebola, o alho francês, em seguida coloque o bacalhau deixe dourar
  3. Pegue as batatas corte em cubos e frite à parte
  4. Depois coloque as batas juntamente com o bacalhau já dourado, só nessa hora coloque os coentros a seu gosto juntamente com as natas ou creme de leite
  5. Misture tudo
  6. Bata 1 ovo inteiro e pincele o bacalhau, espalhe um pouquinho de parmesão por cima e decore com azeitonas pretas
  7. Coloque para gratinar no forno durante 30 minutos, até virar uma casquinha bem crocante
  8. Sirva com uma bela salada de alface, nada mais

Informações Adicionais

  • Obs.: Em relação às natas ou creme de leite não deixa o bacalhau ficar seco, se 1/2 litro ou 3 latas deixar ficar seco vá colocando mais um pouquinho, porque ao colocar para gratinar ele sempre seca mais do que a gente espera.

domingo, 12 de abril de 2009

O CHARME DE UMA MULHER DE ÓCULOS

DICAS DE ÓCULOS
  • Rostos ovais combinam com quase todos os tipos de óculos. Contudo vale ressaltar os óculos quadrados com bordar arredondadas;
  • Rostos redondos sugerem óculos quadrados, que aumentam a sensação de longitude;
  • Óculos grandes geralmente fica melhor em mulheres altas e/ou que tenham cabelos volumosos;
  • A cor da armação deve variar de acordo com o tom da sua pele. Se ela for clara, dê prioridade para armações escuras e vice-versa;
  • É de extrema importância verificar se óculos que você deseja comprar possui proteção conta raios ultravioleta. Segurança acima de tudo.
  • Compre o óculos que você mais gostar. Assim como roupas e sapatos o óculos deve ser adquirido tendo em conta o estilo de cada pessoa
  • O conforto é outro quesito muito importante na escolha do óculos ideal. Comprar um óculos que você ache bonito mas que seja desconfortável é uma furada. Dê preferência àqueles que fiquem mais confortável em seu rosto;
  • Armações coloridas apesar de chamarem atenção num primeiro momento pode se tornar cansativa após um certo tempo;
  • Toda lente de óculos deve ficar cerca de 3cm abaixo da sobrancelha.